A Compota de Abacaxi é uma sobremesa das antigas, querida nas casas de vó, feita para aproveitar a fruta madura, respeitar o tempo das coisas e transformar o simples em especial.
É uma tradição passada de geração em geração, onde cada família coloca seu jeitinho. Aqui vai a receita do meu caderninho, do jeito que minha mãe me ensinou e que hoje ensino pras minhas netinhas com o mesmo carinho.
Essa receita rende cerca de 5 a 6 porções, dependendo do tamanho dos potinhos. Se for colocar em potes esterilizados para armazenar, rende um pote de aproximadamente 500 g e um menor de 250 g.
Lembrando que esses valores são estimativas médias e podem variar de acordo com o tamanho e doçura natural do abacaxi.
Ah, minha filha, essa compota é daquelas que combinam com tudo:
A Compota de Abacaxi surgiu como uma forma de conservação de frutas tropicais em tempos sem geladeira. Era comum nas casas brasileiras, especialmente no interior, onde o abacaxi crescia no quintal e precisava ser aproveitado inteiro.
Minha avó Júlia, nascida em 1913, fazia compotas de tudo: mamão, figo, laranja-da-terra e claro, abacaxi. Ela usava tachos de cobre, cozinhava lentamente e deixava esfriar na janela da cozinha. Com o tempo, fui adaptando a receita dela para o fogão moderno, mas mantendo o sabor de antigamente.
A Compota de Abacaxi é mais do que uma receita — é um pedacinho de história, é cuidado com a fruta, com a família e com o tempo. É uma sobremesa que não precisa de frescura, apenas doçura e memória.
Espero que você faça aí na sua casa e que ela te traga tanto aconchego quanto traz pra mim. E não esquece: faça com calma, com afeto, e saboreie cada colherada como quem abraça uma lembrança.
Se quiser mais receitas como essa, minha filha, é só me chamar. A vó tá sempre aqui pra te ajudar.