- Em uma panela de fundo grosso, coloque o açúcar refinado e leve ao fogo médio até começar a derreter e ganhar cor âmbar.
- Adicione com cuidado a água quente (vai borbulhar bastante) e mexa até formar um caramelo liso.
- Junte os 150g de amendoim torrado e mexa bem para que fiquem todos envolvidos.
- Com cuidado, despeje essa mistura no fundo da fôrma já untada com manteiga. Espalhe uniformemente com a colher e reserve.
Massa do bolo:
- Em uma tigela grande, quebre os ovos e bata levemente.
- Acrescente o açúcar e bata com o fouet até obter um creme claro.
- Junte o óleo e o leite, misturando bem.
- Adicione a farinha de trigo peneirada aos poucos, mexendo delicadamente até formar uma massa homogênea.
- Misture os 60g de amendoim torrado e, por último, incorpore o fermento em pó.
- Despeje essa massa sobre o caramelo já frio e leve ao forno preaquecido a 180?°C por cerca de 40 a 45 minutos, ou até que, ao espetar um palito, ele saia limpo.
- Retire do forno, deixe amornar e desenforme com cuidado sobre um prato de servir.
Rendimento e Conservação
Essa receita rende aproximadamente 10 fatias generosas de bolo. Conservado em local fresco, seco e arejado (coberto com pano limpo ou tampa de bolo), o Bolo de Pé de Moleque mantém sua textura e sabor por até 5 dias.
Informações Nutricionais (por porção, estimativa para 10 porções)
- Calorias: 370 kcal
- Carboidratos: 45 g
- Proteínas: 6 g
- Gorduras totais: 18 g
- Gorduras saturadas: 3 g
- Fibras: 2 g
- Açúcares: 28 g
- Sódio: 60 mg
Um pouco da história do pé de moleque na confeitaria
O doce “pé de moleque” tem origens antigas e era comum nos tabuleiros das festas populares brasileiras, sobretudo nas festas juninas do interior do Nordeste e Sudeste.
Tradicionalmente feito de amendoim e rapadura, é um símbolo da doçaria rústica brasileira. Com o tempo, ele ganhou novas roupagens, como o uso do açúcar refinado e a adição ao bolo, resultando nessa maravilha que mistura o sabor rústico com a textura delicada do bolo de padaria.
Dicas da Vovó
Para o caramelo não cristalizar, mexa o açúcar só depois que começar a derreter.
- Prefira o amendoim tipo vermelho, pois ele tem sabor mais intenso. Se não encontrar, o comum torrado e sem sal serve muito bem.
- Para um toque a mais, adicione 1 colher de chá de canela em pó ou cravo moído à massa.
- Se quiser um aroma especial, um fio de essência de baunilha na massa faz toda diferença.
- Na hora de desenformar, aguarde 10 minutos com o bolo morno, para que o caramelo ainda esteja levemente líquido e não grude.
Substituições possíveis
- Leite: pode ser substituído por leite vegetal (amêndoas, aveia ou coco) se houver intolerância à lactose.
- Açúcar refinado: pode ser trocado por demerara ou mascavo, lembrando que isso escurece o bolo e dá um sabor mais caramelado.
- Óleo de soja: pode ser substituído por óleo de girassol, canola ou até manteiga derretida.
- Farinha de trigo: use mix de farinha sem glúten se for intolerante, lembrando de ajustar o ponto da massa com mais líquido, se necessário.
Sugestões de acompanhamento
O Bolo de Pé de Moleque vai bem com:
- Uma xícara de café coado na hora;
- Um copo de leite morno com canela;
- Chá preto ou de erva-doce para acompanhar o sabor do amendoim;
- Para festas juninas, sirva com quentão ou vinho quente.
Um toque pessoal da vovó
Quando faço esse bolo aqui em casa, gosto de usar amendoim que eu mesma torre na frigideira, bem lentamente, até soltar o aroma pela cozinha. Essa receita me lembra das festas na varanda da casa da minha mãe, onde os bolos eram colocados em cima da mesa com toalha de renda e o cheirinho de caramelo enchia a casa de aconchego. Era sempre um dos primeiros a desaparecer da mesa.
Se você fizer esse Bolo de Pé de Moleque, vai perceber como ele abraça quem prova. Ele une o rústico ao caseiro de um jeito que só as receitas antigas sabem fazer.
Prepare com carinho, sirva com orgulho e compartilhe com quem você ama — porque comida boa é aquela que carrega história, sabor e afeto.