3. Modelagem
Após o descanso, divida a massa em porções de 50g. Modele bolinhas lisas e coloque sobre uma superfície enfarinhada. Cubra novamente com o pano e deixe descansar por mais 15 minutos.
4. Fritura
Aqueça o óleo em fogo médio. Frite as bolinhas com cuidado, virando para que dourem por igual. O segredo é fritar devagar, para que cozinhem por dentro sem queimar por fora.
Deixe escorrer sobre papel toalha.
5. Recheio e finalização
Depois de frios, corte os sonhos ao meio ou faça um buraquinho com o bico de confeitar. Recheie com doce de leite cremoso, creme de confeiteiro, ganache de chocolate ou até mesmo goiabada derretida.
Se quiser, passe os sonhos no açúcar ou açúcar com canela.
Utensílios utilizados
- Tigela grande
- Colher de pau ou espátula
- Balança ou colher medidora
- Rolo de massa (opcional)
- Frigideira funda ou panela para fritura
- Papel toalha
- Saco de confeitar (para facilitar o recheio)
Rendimento total
Essa receita rende cerca de 18 a 20 sonhos médios de aproximadamente 50g cada, perfeitos para servir uma família grande ou dividir com os vizinhos. E se sobrar (o que é difícil!), você pode congelar sem o recheio.
Informação nutricional aproximada (por unidade de 50g sem recheio):
- Calorias: 210 kcal
- Carboidratos: 30g
- Proteínas: 4g
- Gorduras totais: 8g
- Gorduras saturadas: 2g
- Fibras: 1g
- Açúcares: 5g
- Sódio: 90mg
Valores estimados, variam conforme o recheio escolhido.
A história do Sonho
O Sonho de Padaria tem raízes europeias, especialmente na tradição alemã, onde é conhecido como Berliner. Chegou ao Brasil pelas mãos de imigrantes, sendo logo adaptado com o jeitinho brasileiro — um toque de doçura a mais, o costume do recheio generoso e a textura macia que só a nossa farinha e nosso afeto sabem dar.
No tempo da minha avó, era feito à mão, com fermento fresco comprado na vendinha. Não tinha batedeira, não tinha timer. Era tudo no olho e no tato. E posso te dizer: mesmo sem modernidade, saía perfeito.
Dicas da vovó para um sonho perfeito
- Fermento fresco? Pode usar! Substitua os 10g de fermento seco por 30g de fermento biológico fresco.
- Farinha na medida: vá colocando aos poucos. O ponto ideal é quando a massa desgruda das mãos, mas ainda está macia.
- Fritura lenta e em óleo suficiente: nada de pressa! Se o óleo estiver quente demais, o sonho doura por fora e fica cru por dentro.
- Recheio caseiro? Faça um bom creme de confeiteiro com gema, leite, açúcar, baunilha e amido de milho. Deixe esfriar antes de usar.
- Reaproveitamento: sobrou massa? Faça mini donuts ou rosquinhas e passe no açúcar com canela!
Substituições possíveis
- Leite vegetal no lugar do leite tradicional (para versões sem lactose).
- Açúcar demerara ou mascavo para um toque mais rústico e saudável.
- Recheios alternativos: brigadeiro mole, geleia caseira, chantilly com frutas, ou até creme de amendoim.
Ideias de acompanhamentos
- Um café coado na hora, daqueles bem cheirosos, combina lindamente.
- Chá de erva-doce ou camomila para quem quer um lanchinho mais leve.
- Para dias de festa, sirva ao lado de outros doces de padaria, como carolinas, sonhos assados ou pães de leite.
Um toque pessoal da vovó
Sabe, minha netinha, o Sonho de Padaria não é só uma receita. Ele é um abraço em forma de pão doce. Aqui em casa, costumávamos fazer todo domingo à tarde. As crianças já ficavam na expectativa de ver a massa crescendo, e o cheirinho da fritura misturado ao açúcar no ar era o sinal de que o lanche estava pronto. A cada mordida, vinha a memória da infância, da inocência, da mesa cheia e dos sorrisos largos.
Hoje, ensino essa receita com o mesmo amor com que aprendi. Porque mais do que comida, a gente oferece afeto. E sonho bom, minha filha, é aquele que a gente vive — e também aquele que a gente recheia de carinho.
Se fizer essa receita, compartilhe com quem você ama. Leve adiante essa tradição doce e acolhedora, que nasceu na padaria, mas encontrou seu lar de verdade na cozinha da vovó.