Em uma panela, coloque o restante do creme de leite, o açúcar e a essência de baunilha. Leve ao fogo médio, mexendo sempre com a colher de pau. Quando começar a esquentar, junte a mistura de farinha e continue mexendo até engrossar ligeiramente — não é para virar um mingau grosso, mas sim um creme suave.
Retire a panela do fogo e deixe esfriar um pouco. Em seguida, adicione as gemas previamente peneiradas (isso evita o gosto forte do ovo) e misture bem com o fouet até incorporar completamente.
Se desejar um creme ainda mais liso, passe-o por uma peneira fina antes de usar.
3. Montagem e forno
Pré-aqueça o forno a 250?°C (ou na temperatura máxima do seu forno, se for caseiro). Coloque cerca de uma colher de sopa do creme em cada forminha com massa folhada, preenchendo até ¾ da capacidade.
Leve ao forno bem quente por aproximadamente 15 a 20 minutos ou até que os pastéis estejam bem dourados por cima, com aquelas manchinhas tostadas características. O ideal é que a massa fique crocante e o recheio firme, mas cremoso.
Substituições Possíveis
- Massa folhada sem glúten: para quem tem intolerância, já existem boas opções no mercado ou você pode fazer a sua com farinhas alternativas.
- Leite vegetal: é possível usar creme de leite de aveia ou castanha para uma versão sem lactose, mas o sabor e a textura mudarão um pouquinho.
- Açúcar demerara ou mascavo claro: podem ser usados no lugar do açúcar refinado, dando um toque mais rústico.
- Essência de baunilha natural: substitua por fava de baunilha para um sabor mais sofisticado e autêntico.
Informações Nutricionais (por unidade)
Valores aproximados para cada pastel, considerando rendimento de 12 unidades:
- Calorias: 240 kcal
- Carboidratos: 22 g
- Proteínas: 3 g
- Gorduras totais: 16 g
- Gorduras saturadas: 9 g
- Colesterol: 90 mg
- Fibras: 0,5 g
- Açúcares: 10 g
- Sódio: 50 mg
Dicas da Vovó
- O forno precisa estar bem quente. É esse choque de calor que dá o “tcham” no pastel: massa crocante e creme com aquelas manchinhas douradas.
- Use forminhas de alumínio, que distribuem melhor o calor e garantem o bronzeado perfeito dos pastéis.
- Não encha demais as forminhas — o creme sobe no forno e pode transbordar.
- Se quiser dar um toque especial, polvilhe um pouquinho de canela e açúcar de confeiteiro na hora de servir, como é costume em muitas casas portuguesas.
- Faça em maior quantidade e congele os pastéis montados (ainda crus) — assim você pode assar sempre que bater a vontade.
Ideias de Acompanhamento
O pastel de nata combina lindamente com:
- Um café forte, ao melhor estilo português.
- Chá preto com limão, para uma tarde mais leve.
- Um cálice de vinho do Porto, se quiser uma experiência mais elegante.
- Para servir como sobremesa, experimente com uma bola de sorvete de baunilha ou canela — é puro luxo!
A História por Trás do Pastel de Nata
Ah, meu amor, o Pastel de Nata tem raízes antigas, remontando aos tempos dos conventos portugueses. Foi criado por monges do Mosteiro dos Jerónimos, em Belém, Lisboa, por volta do século XVIII.
Como usavam muitas claras para engomar hábitos, sobravam gemas, que eram transformadas em doces — olha a sabedoria! Assim nasciam o pastel de nata e outros doces conventuais. Com o tempo, a receita foi passada adiante e hoje é um ícone da confeitaria lusa.
Um Toque Pessoal da Vovó
Ah, como me lembra das tardes frias com meus netinhos correndo pela cozinha, esperando ansiosos pelos pastéis que estavam no forno. Aquele cheirinho de baunilha e massa assando que invadia a casa toda… Era um momento de aconchego, de união e de festa!
Hoje, ensinar essa receita é também uma forma de espalhar esse carinho. Cozinhar é mais do que alimentar — é criar memórias, minha filha.
Então, coloque seu avental, aqueça o forno e prepare essa delícia com o coração. Porque quando a gente cozinha com amor, o sabor vai muito além do paladar. Vai direto pro coração.