Modo de preparo
- Comece ativando o fermento: misture o leite morno (não quente!) com o açúcar e o fermento biológico seco. Deixe descansar por uns 10 minutos, até espumar. Isso garante que o fermento está vivo e pronto para agir.
- Misture os ingredientes úmidos: acrescente ao fermento ativado as gemas, o óleo e a essência de baunilha. Misture bem.
- Incorpore a farinha aos poucos: vá adicionando a farinha de trigo gradualmente, mexendo com uma colher de pau ou espátula até formar uma massa que você possa sovar com as mãos.
- Adicione a manteiga: quando a massa já estiver mais firme, incorpore os 40 g de manteiga amolecida. Sove por cerca de 10 a 15 minutos até que a massa fique bem elástica e lisa.
- Primeira fermentação: cubra a massa com um pano limpo e deixe crescer até dobrar de volume. Isso leva de 1 a 2 horas, dependendo da temperatura ambiente.
- Abra e recheie: após crescer, abra a massa em um retângulo de mais ou menos 40 x 30 cm. Misture o açúcar, a canela e a noz-moscada e espalhe essa mistura por toda a superfície da massa, em seguida, espalhe a manteiga ou margarina amolecida por cima.
- Corte e monte: corte a massa em 15 quadrados iguais. Empilhe os quadrados uns sobre os outros (como um bloquinho de papel), depois coloque essa pilha em pé dentro da forma untada.
- Segunda fermentação: cubra com um pano e deixe crescer por mais 30 a 40 minutos.
- Asse: leve ao forno preaquecido a 180?°C por cerca de 35 a 45 minutos ou até dourar. O cheiro vai te avisar quando estiver pronto!
- Desenforme e sirva morno ou frio. Se quiser, finalize com um fio de glacê simples ou açúcar de confeiteiro por cima.
Rendimento
Essa receita rende um pão grande, com aproximadamente 12 a 15 fatias generosas. Ideal para dividir com a família ou congelar parte dele já fatiado.
Valor nutricional aproximado por fatia (1/15 da receita)
- Calorias: 185 kcal
- Carboidratos: 32 g
- Proteínas: 3,8 g
- Gorduras: 5,6 g
- Fibras: 0,8 g
- Açúcares: 12 g
Esses valores são uma estimativa baseada nos ingredientes tradicionais. Para versões com menos açúcar ou farinha integral, os valores mudam um pouco.
Dicas da vovó
- Ponto da massa: quando for sovar, não se assuste se a massa parecer um pouco pegajosa no começo. Com o tempo, a manteiga é incorporada e ela se solta das mãos.
- Fermentação lenta: se tiver tempo, deixe a primeira fermentação acontecer dentro da geladeira por 8 horas. Isso melhora o sabor e a textura.
- No lugar da noz-moscada: se não tiver noz-moscada, pode usar cravo em pó ou até gengibre, mas sempre com moderação.
- Para um toque extra: junte uvas-passas, nozes picadas ou pedacinhos de maçã junto ao recheio de canela. Dá um charme e um sabor ainda mais especial.
Utensílios necessários
- Tigela grande
- Espátula ou colher de pau
- Rolo de massa
- Faca afiada ou cortador
- Forma tipo bolo inglês (23,5 x 10 x 5 cm)
- Pano limpo
- Forno doméstico
Um pouco da história do pão de canela
A combinação de pão doce com canela vem de longa data. Os registros apontam que esse tipo de preparo era muito comum nas cozinhas do norte da Europa, especialmente entre os escandinavos e alemães, onde o uso da canela como especiaria era frequente.
A receita foi se adaptando e ganhando variações conforme cruzava fronteiras — e quando chegou nas cozinhas das nossas avós brasileiras, ganhou um toque ainda mais amoroso, com leite morno, gemas bem amarelinhas e muita conversa ao redor da mesa.
Essa versão empilhada lembra muito o famoso Pull-Apart Cinnamon Bread, uma receita americana que virou febre em cafés e padarias artesanais. Mas aqui, a gente faz do nosso jeitinho caseiro.
Substituições possíveis
- Farinha de trigo: pode usar metade farinha branca e metade integral para uma versão mais rústica. Evite substituir 100% pela integral para não perder a maciez.
- Leite: use leite vegetal (como aveia ou amêndoas) para uma versão sem lactose.
- Manteiga: pode ser substituída por margarina vegana ou óleo de coco (sem sabor).
- Açúcar: quem quiser reduzir o índice glicêmico pode usar açúcar de coco ou xilitol, sempre com cuidado para manter a proporção correta e não alterar o ponto da massa.
Acompanhamentos que combinam
Esse pão vai bem com muitas coisas, mas aqui vão algumas sugestões caseiras:
- Uma geleia de maçã com especiarias
- Manteiga de amendoim ou creme de castanhas
- Um café coado bem forte
- Chá de ervas com canela e casca de laranja
- E, para os dias mais frios, um chocolate quente cremoso
Considerações finais da vovó
O Pão de Canela é um daqueles preparos que aquietam a alma. Serve tanto para um café caprichado quanto para um lanche da tarde com as crianças. Pode ser feito para presentear, congelado em fatias ou servido com uma caldinha doce por cima para virar até sobremesa.
Seja como for, o importante é fazer com carinho, sovar com paciência e deixar a cozinha se encher daquele cheirinho que só um pão caseiro recém-assado pode proporcionar.
Agora, mãos à massa, e não esquece de cortar os quadradinhos iguais: são eles que fazem esse pão ficar bonito e todo desenhado por dentro!